Convívio social ajuda a envelhecer com saúde

Dicas / 12.01.2017

Os pés para o alto e a cabeça desocupada, observando o tempo passar, estão longe da rotina atual de quem se aposenta. Hábitos mais saudáveis, aliados aos avanços da medicina, derrubam os limites físicos que caracterizavam o envelhecimento. E exigem um plano capaz de afastar a ociosidade e problemas relacionados a ela, como a depressão e a ansiedade. “A rotina é deixada de lado com a aposentadoria, mas é hora de alimentar projetos pessoais e até investir em uma guinada profissional”, afirma o especialista em gerontologia. Estresse, gastrite e até descontrole da glicemia são outros males que aparecem nesta fase – principalmente, nos casos em que a falta de um projeto abala a autoestima do idoso, explica especialista geriátrica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Os especialistas dão dicas para quem está ganhando horas livres e precisa descobrir o que fazer com elas. 

1. Frequente bailes

Dançar na terceira idade não é só uma maneira divertida de mexer o corpo. Habilidades como força, ritmo, agilidade, equilíbrio e flexibilidade também são desenvolvidas e trazem bem-estar e saúde aos idosos. Quando dançam, eles fazem um esforço maior para memorizar a sequência dos passos e precisam se concentrar para não invadir o espaço do parceiro, conclui um estudo recente da Unicamp, em São Paulo. Além disso, se lembram de experiências e sensações vividas no passado, quando a música os remete à juventude. 

2. Aprimore dons artísticos

Estudar música na maturidade, segundo estudo da PUC-SP, estimula funções neurológicas relacionadas às ações motoras, linguísticas e sensoriais, geralmente prejudicadas com o passar do tempo, e ainda melhora a autoestima. Isso sem esquecer que muitos idosos, mesmo após a aposentadoria, continuam sustentando a família – a situação é comum a cada 3 entre 10 aposentados brasileiros, de acordo com dados do IBGE. Diversos centros de convivência oferecem cursos de artesanato que podem se transformar em fonte de renda. 

3. Viaje

Além de conhecer novos lugares e culturas, a viagem é chance para lidar com pessoas diferentes e fugir à rotina. Uma das reclamações comum entre os idosos é que as pessoas ao redor têm pouco tempo para eles – excursões regulares, nem que seja para regiões próximas, favorecem novos relacionamentos. 

4. Pratique atividades físicas

O hobby proporciona o aumento do círculo social e ainda traz melhorias à saúde. No entanto, o grupo que aproveita essas vantagens ainda é pequeno: apenas 10% das pessoas com mais de 65 anos realizam de 2,5 a 5 horas de exercícios por semana, recomendação do Centro Médico da Universidade de Rush, de Chicago (EUA). 

5. Agite a vida cultural 

Existe uma série de políticas públicas que incentivam a visita de aposentados a espaços culturais: cinemas e teatros cobram meia-entrada, enquanto alguns museus e pinacotecas até abrem mão do pagamento do ingresso. Os passeios valem como forma de acompanhar os mais jovens e também como alternativa para ocupar as tardes de maneira independente, afinal um bom filme é sempre boa companhia. 

6. Dedique experiência

O voluntariado é uma atividade que exige paciência, conhecimento e dedicação, atributos desenvolvidos com o tempo. Transmitir o conhecimento e a experiência acumulados a outras pessoas melhora a autoestima do idoso. As atividades ainda estimulam a atualização e a busca de novidades em temas de que o idoso gosta, trabalhando a memória. A assistente social Andreia Cristiane Magalhães, do Centro de Referência do Idoso, também lembra que o voluntariado é uma atividade que lhe permite passar todo seu conhecimento e experiência de vida a outras pessoas. Além disso, a mente permanecerá ativa e o círculo social também agradecerá. 

7. Invista em uma faculdade

Cursos superiores direcionados aos mais velhos são cada vez m 

ais comuns – uma atividade que ainda favorece o convívio com pessoas diferentes, interessadas nos mesmos assuntos. Para facilitar, estes cursos contam com carga horária flexível e, em muitas instituições, são gratuitos ou cobram mensalidade simbólicas. 

 

Fonte: Minha vida